Como a cultura e consumo se relacionam?

Com o surgimento das novas tecnologias, e principalmente com o destaque da internet como plataforma capaz de dar suporte à publicidade, à compra e venda de produtos/serviços, à disseminação de informações e à interação entre amigos, familiares e de pessoas que não se conhecem na vida real, a cultura e o consumo passaram a se relacionar de modo diferente.

A evolução do consumidor sempre foi constante. Porém, o estilo de vida que assumimos nos últimos anos fez com que desenvolvêssemos hábitos de consumo verdadeiramente novos.

Um dos primeiros fatores ligados à cultura que influenciaram a mudança nos hábitos de consumo é o próprio sistema capitalista, que se tornou existencial: nós precisamos consumir e adquirir serviços e produtos para que nos sintamos melhor.  Sendo assim, criamos uma premissa de que nós somos aquilo que compramos, ou melhor, aquilo que consumimos, aquilo que fazemos com o nosso dinheiro.

Além disso, também podemos relacionar o consumo e a cultura com as próprias propagandas publicitárias. Constantemente associando a compra de determinados produtos a ilusões de caráter culturais, a publicidade passou a exercer grande influência sobre o que o indivíduo deve ou não comprar para ser – ou não ser – algo. Se a mulher que assiste às propagandas de shampoos ou cremes milagrosos da televisão comprá-los, ela tem a crença de que seu cabelo ficará igual àquele visto na propaganda, por exemplo.

Sendo assim, cabe destacar que grande parte das nossas escolhas de consumo são motivadas pelo nosso subconsciente, que por sua vez, está sendo totalmente influenciado por simbolismos de ordem cultural – que chegam até nós por meio de propagandas televisivas, por meio das vitrines das lojas ou em anúncios publicitários em nossos portais preferidos da internet.

Com a influência de profissionais brilhantes que se dedicam ao estudo da relação entre o consumo e os simbolismos de ordem social/cultural aos quais somos apresentados todos os dias, o consumo muitas vezes é provocado por meio de histórias, adaptações, criações ou recriações de cenários. Neste sentido, criar um novo hábito de consumo de um determinado produto ou serviço pode até mesmo acarretar na mudança de aspectos culturais de uma determinada região, graças a esse novo modo de pensar.

Pois é: a publicidade cada vez mais assume o papel decisivo na relação entre o consumo e a produção, mesmo que as ofertas, por vezes, superem as demandas nos mais variados segmentos do mercado – sendo o setor de beleza e cosméticos um exemplo disso.

Para evitar que a cultura seja “má influenciada” pela publicidade, é ideal que os profissionais da área – especialmente os de marketing – continuem apostando na segmentação.

Porém, essa segmentação de mercado deve ser diferente daquela aprendida no passado, que diferenciava os públicos de consumidores unicamente por meio de suas classes sociais, localizações no mapa e faixas etárias. Agora, o consumidor também precisa ser avaliado com base em sua cultura, seus hábitos, seus valores, personalidade e é claro, seu estilo de vida.

E é com base nisso que as marcas conseguirão de modo muito mais fácil atingir os seus objetivos tanto no encontro como na fidelização de seus clientes em potencial.



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